Observei dois sonhos que se beijavam,
um feito de amor o outro ausente de ódio;
lindos emocionaram-me,
puxaram duas lágrimas gêmeas.
Nascedouros, o mesmo sentimento,
caíram, todavia, de diferentes olhos
que tinham o mesmo
olhar para
as lágrimas que se afastavam.
Sorri
um meio sorriso,
todo
ele de esperança que a dor fosse
de fato
fingimento,
porque
não o sendo, seriam duas dores:
uma
de sofrimento e a outra de desilusão.
Parei
de pensar e não morri,
parei
de morrer e não vivi;
parei
de esperar e não cheguei,
parei
de chegar e não encontrei;
parei
de procurar, só não parei de parar.
Escrevi
a carta de despedida
mas
não consegui me dizer adeus,
pedi
a deus que me fizesse crer
nele
e em seu mundo;
rompi
com os homens porque não os teria,
rompi
com as mulheres porque as queria.
Desta
catarse sobraram poucos pedaços,
os
que caíram marcam minha estada no tempo
dos
que ficaram farei meu recomeço no espaço,
afinal,
eu sou meu sol,
e
ainda há muitas auroras por acontecer.
Sensibilidade a flor da minha pele,algumas lágrimas fugiram, me tocou muito. Engraçado porque fui lendo e na primeira parte eu estava no poema, depois parecia que estava ele, que minha alma gêmea era quem falava. Acho que o dom do poeta é esse,traduzir muitos, traduzir todos,afinal, somos sempre a unidade.Os 2 últimos versos serão meu mantra.Lindo, adorei!!
ResponderExcluirBom dia Carlos!!
ResponderExcluirEu fiquei encantada com esse poema!! As duas primeiras estrofes são de tirar o fôlego! Lindo! Nem todas as palavras do mundo me ajudariam a explicar as sensações que ele me causou.
Beijos!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCarlos, tua catarse se fez completa, só ficou o essencial: não parar de ter esperança, apesar de tudo, apesar de todos. Bjs
ResponderExcluirobs: tive que reeditar devido a erros de digitação mas era a mesma mensagem.
E quantas catarses diárias nos fazemos através da poesia...
ResponderExcluirÉ preciso gritar de forma doce o que temos aprisionado,é a forma que o poeta encontrou de ter olhos de sensibilidade e assim não se ferir.
Amei teu poema!!!!
Desta catarse sobraram poucos pedaços,
os que caíram marcam minha estada no tempo
dos que ficaram farei meu recomeço no espaço,
afinal, eu sou meu sol,
e ainda há muitas auroras por acontecer.
...Que assim seja!!!
Adri
Que coisa magnífica! Transcendência pura!
ResponderExcluirNosaaaa! Faltam-me palavras Carlos...
ResponderExcluirSó posso dizer que me vi inteiramente. E sim, há muitas auroras ainda...
M A R A V I L H O S O!!!
Gr. Bj.!
Que linda metáfora, a de dois sonhos que se beijam. Vc põe a alma nas palavras, nessa espécie de coragem que só os poetas têm. Parabéns!
ResponderExcluirUm abraço
Ruthia d'O Berço do Mundo
Belíssimo novamente fiquei sem ar.... Cantinho lindo esse aqui. Estava me perguntando como ainda não o havia encontrado... Parabéns! Um bj
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