Olho
um olho que se isola
Longe
no tempo, extrapola
O
que realmente desejo ser.
Como
me ver tão fora de mim?
Assustado
com o que fazer
Com
as respostas que darei,
Compromissos
ambíguos que
Demarquei,
intimidades expostas
Que
desrespeitei.
Não
posso me observar,
Deixo
o caminho ao caminhar
O
gosto ao paladar
O
amor ao se dar
Nada
sei antes de começar.
Tentarei,
lembrar-me-ei minhas
Matas
queridas, as cachoeiras
Descidas,
os vôos de moto,
Os
sons de um blues, os poemas
Líricos,
os encontros oníricos.
Viajandando,é
o estado que se
Encontram
os românticos
Existenciais
pós-modernos
Idealistas
eternos.
Borboletando,
é como ficam
As
palavras desconexas que
Saem
do peito sem motivo,
Até
se encontrarem na verde
Folha,
poema sem escolha.
Eu
ando, mas só quando
Chegar
é que saberei
Onde
quis estar.
Que bonito! Abracos.
ResponderExcluirA surpresa,o inesperado e as descobertas é que dão sabor à vida. Adorei esse também!
ResponderExcluiradorei
ResponderExcluirbjsdiet procê
Carlos,obervo em seus poemas vários aspectos estilísticos bastante interessantes:primeiro, a conservação da língua castiça e,ao mesmo tempo,a não preocupação com o ritmo cadenciado dos academistas,pós-moderno com o eterno romântico,dois paradigmas,uma vertente.A temática bem urdida,sem pontuações sugere aos leitores um fluxo ininterrupto de digressões.Dois versos me enfeitiçaram:Até se encontrarem na verde
ResponderExcluirFolha, poema sem escolha.
Até se encontrarem na verde folha,ainda jovem,os versos a preeencheram e...saltiraram em frutos.Como sempre,seus versos me trazem ao recolhimento e aos sonhos.Namastê,amigo
correção:observo
ResponderExcluirCarlos,
ResponderExcluirSou uma incorrigível viajandante, e tenho que confessar, minhas palavras vivem borboletando por aí! rs. Gostei demais do que li! Gr. Bj.!
O Olho que se isola
ResponderExcluirUm poema visceral,onde o conteúdo se alia á forma.Primeiro,a forma.Autilização dos paradoxos,dos anaforismos,da sinestesia,das figuras mitológicas como sinonímias de nosso léxico cotidiano fazem o poema um relicário de recursos estilísticos.O conteúdo mostra a angústia nossa de cada dia,de sermos ouvidos e,na maioria das vezes,o grito ser emitido,porém não ser escutado.Um pedido de socorro de uma alma,onde ela tenta se reconhecer e não consegue,pois o grto volta para dentro,ecoa...o último verso é uma bela maneira do recomeçar ,o ovo,a gênesis,o q vem antes,o ovo,o poema,ou a galinha,o poeta ?Digno de ser comido,digerido e relido.Um presente a todos nós,seres angustiados e que prendemos nossos gritos ,abafando-os em nós mesmos...ainda bem que existem os poetas,eles gritam por nós...